
Tropas do Exército apertam o cerco a grevistas acampados no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, que lidera a paralisação dos policiais militares na Bahia, disse na manhã desta quarta-feira que os grevistas se preparam para um embate. "A movimentação está diferente e também estamos nos preparando", afirmou Prisco. O cenário em frente à Assembleia Legislativa, onde estão acampados os PMs amotinados, voltou a ficar tenso durante a manhã, após uma madrugada tranquila. Houve um princípio de confronto quando homens do Exército mudaram a posição das cercas que estão posicionadas ao redor do Parlamento.
O tenente-coronel Márcio Cunha, chefe de comunicação da 6ª Região do Exército, alertou aos jornalistas para que permaneçam dentro do QG montado para a imprensa. De acordo com ele, quem estiver fora desse perímetro não será assegurado pelas forças de segurança, alimentando os rumores de um possível embate entre grevistas e a tropa federal.
A todo o momento, chegam mais reforços do Exército. O efetivo, que ontem era de 1.038 homens, aumentou para 1.308 homens na manhã desta quarta. Além disso, o local também é vigiado por tropas da Força Nacional, da Polícia Federal e de PMs da Caatinga e do Semi-Árido nordestino. Nesta manhã, toda a Assembleia está cercada, ao contrário dos primeiros dias, quando o foco do efetivo federal estava em frente ao Parlamento. Os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) voltaram a ser fechados.
A liberação da entrada de mantimentos e medicamentos para os amotinados, que tinha sido concedida ontem, foi suspensa. Idaci Vasconcelos, mulher de um dos PMs acampados, tentou levar os remédios para o marido, que é hipertenso e já sofreu dois infartos, mas foi barrada.
O juiz da Auditoria Militar Federal, José Barroso Filho, chegou nesta manhã ao CAB a pedido dos grevistas. Ele foi levado a Salvador por policiais do Rio de Janeiro.
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