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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Baianos que votarem a favor de denúncia contra Temer não serão punidos, garante Otto

Baianos que votarem a favor de denúncia contra Temer não serão punidos, garante OttoO presidente do PSD na Bahia, senador Otto Alencar, assegurou que não haverá nenhuma sanção do diretório nacional da sigla a deputados federais baianos que votem a favor da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. A apreciação da ação oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está marcada para o próximo dia 2 de agosto. O PSD nacional, comandado pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, fechou questão a favor de Temer. Geralmente, quando partidos fecham questão em torno de determinada matéria, os parlamentares desobedientes podem sofrer punições. “Na Bahia, não haverá sanção nenhuma. O presidente [Kassab] já garantiu isso. O PSD nasceu na Bahia, Kassab sabe da minha posição contra Temer”, afirmou Otto, em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (26). O senador disse também que vai orientar os bancada baiana da agremiação a se posicionar contra o peemedebista, principalmente por não ter concedido ao governo estadual dois empréstimos, um do Banco do Brasil e outro do Banco Europeu de Investimento. “Ele deu a palavra a mim e ao governador Rui Costa que faria isso, mas não cumpriu”, reclamou. Otto ainda avaliou que não deve haver nenhum tipo de constrangimento caso baianos se coloquem favoráveis ao presidente da República, mesmo fazendo parte, em âmbito estadual, de uma sigla que integra a base do governador Rui Costa (PT), oposição a Temer. “Não acho que exista isso. O voto vai da consciência de cada um”, disse. 

Fonte:http://www.bahianoticias.com.br

domingo, 23 de julho de 2017

Governador do PMDB critica aumento de impostos de Temer

Governador do PMDB critica aumento de impostos de Temer

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), fez duras críticas ao aumento de impostos feito pelo governo federal durante a última semana. Em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, ele avaliou que a "farra fiscal" teve início ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando também pelas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer. "O governo está aumentando os impostos agora porque não fez o que deveria ter feito, não fez o dever de casa. Temer está aumentado custos em plena crise. Ele não fez o que era preciso desde o primeiro momento - redução de custeio", disse Hartung. O governador destacou que o Espírito Santo não aumentou nenhum imposto por ter decidido reduzir o custeio. Na última quinta-feira (20), o governo federal decidiu dobrar a alíquota do PIS e Cofins que incide sobre os combustíveis, passando de R$ 0,38 por litro para R$ 0,79 por litro (veja mais). Com a medida, o preço dos combustíveis nos postos aumentou logo no dia seguinte.

Fonte:http://www.bahianoticias.com.br

Governo suspende fiscalização contra o trabalhos escravo e infantil

Rafael Moraes

Enquanto Michel Temer faz gastos bilionários com emendas parlamentares, a fiscalização do Ministério do Trabalho contra o trabalho escravo e o trabalho infantil vai parar em todo o país a partir de meados de agosto.
O contingenciamento imposto pelo governo federal impedirá, por exemplo, que seja comprado combustível para os carros. Assim, nenhum fiscal poderá ir a campo fazer inspeções ou flagrantes.
A fiscalização de condições degradantes de trabalho no campo e em obras também será interrompida. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

o TCU e senadores em Angra 3


Tiago e Aroldo Cedraz


Relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou indícios de corrupção passiva por parte do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, do ministro da Corte Aroldo Cedraz, do filho dele - o advogado Tiago Cedraz -, e dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) em esquema para favorecer a empreiteira UTC nas obras da usina de Angra 3.
Procurados, os ministros negaram irregularidades. A assessoria de Renan e a defesa de Lobão e de Jucá negaram envolvimento dos políticos (veja todos os posicionamentos na íntegra ao final desta reportagem).
A PF enviou relatório no começo do mês passado, assinado pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva. O material já está sob análise da Procuradoria Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se denuncia ou não os suspeitos. Só em caso de denúncia aceita pela Justiça os investigados viram réus.
O caso está sendo investigado desde junho de 2015 e tem como base a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. Ele relatou aos investigadores que recebeu um pedido de dinheiro de Tiago Cedraz. O empreiteiro disse ainda que Cedraz deixou "antever que a importância solicitada, no valor de R$ 1 milhão, seria ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, relator do processo de Angra 3 no TCU”.
Outros delatores da Lava Jato - da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht - confirmaram o esquema e envolveram também Aroldo Cedraz.
Na delação, Ricardo Pessoa afirmou que, após o pagamento de R$ 1 milhão a Tiago Cedraz, não houve problema com o contrato de Angra 3 no TCU. Nas palavras dele, “tudo fluiu”.
No relatório, a PF também aponta telefonemas em meio ao processo sobre a usina de Angra 3 que, segundo o documento, demonstra o tráfico de influência de Tiago Cedraz no tribunal de contas.
Além disso, os senadores envolvidos atuaram em defesa das empresas em troca de vantagens indevidas, segundo a Polícia Federal.
A delegada afirmou que os políticos aceitaram valores "pelo simples fato de serem integrantes da cúpula do partido que controlava o Ministério de Minas e Energia, com influência suficiente para interferir negativa ou positivamente na contratação ou execução de contratos firmados naquela seara".
Segundo ela, o STF, no processo do mensalão, entendeu que para configuração de corrupção não há necessidade de um ato de ofício certo ou determinado, um ato específico de contrapartida.
Em relação a Renan e Jucá, a PF aponta, além dos indícios de corrupção passiva, também os de lavagem de dinheiro.
"A solicitação de doação eleitoral feita em 2014 por Romero Jucá Filho e José Renan Vasconcelos Calheiros, abatida do montante estipulado por Edison Lobão, como ministro de Minas e Energia e liderança do PMDB em conjunto com os demais, e Ricardo Pessoa, como representante da empresa líder do consórcio Agramon, vencedor do processo licitatório para realização de obra de montagem eletromecânica da Usina de Angra 3, configura as condutas típicas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro", diz o relatório.
"Ficou claro que os senadores foram remunerados pela representatividade dentro do PMDB e deste no Ministério de Minas Energia, ao qual estava vinculada a Eletronuclear, a quem o consórcio liderado pela empresa de Ricardo Pessoa havia firmado contrato para execução de obras da Usina Nuclear de Angra 3", afirma a PF no documento.
Segundo o relatório, também "restou demonstrada" a participação de Tiago Cedraz e dos ministros do TCU no esquema para favorecer as empresas.
"Quanto ao núcleo de apuração relativa ao Tribunal de Contas da União, também restou demonstrada participação ativa do advogado Tiago Cedraz, que mantinha notável influência e acesso a assessores e ministros daquela Corte, bem como dos ministros Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro, na solicitação de vantagens indevidas em decorrência da atuação nos processos de interesse de Ricardo Pessoa", diz outro trecho do relatório.
Para a delegada, "foram colhidos indícios suficientes de que a articulação buscada por Ricardo Pessoa, através de Tiago Cedraz, surtiu efeito". Ela listou como justificativa "a dinâmica do andamento processual na Corte de Contas e o comportamento dos ministros Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro".
Entenda
A montagem eletromecânica da usina foi orçada em R$ 3,1 bilhões em 2012 e, segundo delatores da Lava Jato, servidores da Eletronuclear (como o ex-presidente Othon Luiz Pinheiro da Silva) e parlamentares do PMDB pediram propina de 1%.
Segundo a PF, o valor da propina – que poderia chegar a R$ 30 milhões – não foi integralmente repassado.
Isso ocorreu porque, em 2014 – mesmo ano em que foi deflagrada a Lava Jato –, executivos das empreiteiras consideraram que, se a ex-presidente Dilma Rousseff não fosse reeleita, poderia se alterar "todo o cenário político" no Ministério de Minas e Energia, controlado à época pelo PMDB.
As investigações conseguiram identificar a entrega de R$ 1 milhão para o senador Edison Lobão (PMDB-MA) em 2014, em espécie, como caixa 2 para a campanha eleitoral.
A delegada considerou, no entanto, que Jucá e Calheiros também são suspeitos de corrupção, por terem solicitado doação eleitoral oficial à UTC Engenharia, que seria abatida do montante reservado a Lobão.
Versões
Saiba abaixo o que disseram todos os envolvidos:
Procurado pelo G1, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – que faz a defesa dos senadores Edison Lobão e Romero Jucá – disse que o relatório da PF é a “prova mais evidente de que existe hoje uma criminalização da política”.
“A delegada chega a dizer que não seria necessário apontar a prática de qualquer ato ilegal ou legal por parte dos senadores. Há um reconhecimento claro e explícito de que se está simplesmente criminalizando o fato de se fazer parte da cúpula do PMDB. É um escândalo assumir desta maneira que a política por si só já é suficiente para que qualquer doação, sem que tenha a necessidade de apontar qualquer ilícito, faça parte de um esquema de corrupção”, declarou o advogado.
Por meio de sua assessoria, Renan Calheiros afirmou que a acusação é “totalmente infundada”.
“Eu sequer mantive qualquer tipo de relação com os responsáveis por essa obra. Me investigam há mais de 10 anos e nunca encontraram qualquer prova ou irregularidade nas minhas contas”, declarou o peemedebista.
O ministro do TCU Raimundo Carreiro divulgou a seguinte manifestação:
"O Ministro Raimundo Carreiro esclarece que o referido inquérito foi aberto há cerca de dois anos. No intuito de colaborar com as investigações, imediatamente ele próprio tomou a iniciativa de quebrar seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, e prestou todos os esclarecimentos solicitados. Quando o relatório da Polícia Federal foi entregue ao Ministério Público, preparou um memorial, que foi entregue à Procuradoria-Geral da República. Caso seja necessário, e no momento oportuno, o mesmo documento será entregue ao Supremo Tribunal Federal.
O Ministro Raimundo Carreiro aguarda com muita serenidade o resultado das investigações pelo Ministério Público e pelo Supremo Tribunal Federal, com a certeza de que tudo será esclarecido, pois da leitura do relatório, pode-se concluir que, se houve irregularidades na licitação de Angra 3, estas ocorreram fora da esfera do Tribunal de Contas da União."
O ministro Aroldo Cedraz também divulgou a seguinte manifestação: "O Ministro Aroldo Cedraz reitera a sua total isenção, já demonstrada ao longo de onze anos de atuação como magistrado. Suas ações sempre se pautaram pela ética, lisura e respeito aos princípios republicanos. Caso seja instado a prestar esclarecimentos, ele o fará no âmbito do devido processo legal."
À TV Globo, a defesa de Tiago Cedraz negou irregularidades e declarou que vai provar a inocência do cliente.
Tribunal de Contas da União enviou a seguinte nota:
"O TCU esclarece que o número associado à maioria das ligações registradas no citado relatório da Polícia Federal se trata de ramal geral da recepção do Gabinete do Ministro Raimundo Carreiro. O TCU reforça que ligações de e para escritórios de advocacia são procedimentos usuais e corriqueiros em gabinetes de quaisquer tribunais, em virtude de solicitação de informações sobre pedidos de sustentação oral, estágio de processos, pedidos de vista e cópia, pedidos de audiência, expedição de certidões (que não são enviadas mediante ofício, sendo retiradas pessoalmente por quem as requereu) e outros requerimentos processuais.

O contato com escritórios de advocacia por servidores de gabinetes e unidades técnicas do TCU não caracteriza nenhuma anormalidade, por se tratar de rotina comum de trabalho, para garantir o pleno exercício da ampla defesa e do contraditório das partes e de seus representantes legais.
Agência Globo

Acionado Ministério Público, em Uruçuca, sobre Audiência Pública de prestação de contas

Uruçuca na contra-mão da LRF

Depois de duas matérias, neste site, cobrando prestação de contas, através de audiências públicas, como manda a lei, do 1º quadrimestre, referente aos meses de janeiro a abril/2017, sem solução, resolvemos solicitar, através do Ministério Público, informações a Prefeitura de Uruçuca, sobre o não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) nº 101/2000.

Aproveitamos para cobrar, também, sobre a contratação de um jornal, Correio da Bahia, de familiares do prefeito de Salvador, cuja circulação fica concentrada na capital, enquanto o jornal A TARDE, de ampla circulação em todo interior da Bahia é descartado. Tivemos, inclusive, informações que alguns editais de licitação não foram publicados no diário oficial e sim no jornal da capital, ocasionando, com isso, falta de informações a interessados em participar, podendo ter havido até, um suposto direcionamento a empresas e apoiadores da última campanha eleitoral, do chefe do executivo.


O próximo passo será a cobrança da reativação da Casa de Parto e o retorno da placa de reinauguração da Praça Miguel Baracho ao seu lugar de origem, no centro da cidade.

Governo federal libera R$ 700 mi e admite até abastecer viatura no Rio


Os recursos não serão entregues para o governo do Rio porque há temor de que sejam destinados a outras atividades e serão desembolsados mês a mês, até o fim do ano


O governo federal definiu que desembolsará cerca de R$ 700 milhões para apoiar ações de segurança pública no Rio, e a verba deverá ser usada, entre outras finalidades, para pagamento de insumos, como munições e até abastecimento de viatura. Em reunião que contou com o presidente Michel Temer e do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), as autoridades até chegaram a anunciar um reforço de efetivo da Força Nacional e da Polícia Rodoviária que já tinha acontecido.
Os agentes extras estão no Rio há duas semanas.Os recursos não serão entregues para o governo do Rio porque há temor de que sejam destinados a outras atividades e serão desembolsados mês a mês, até o fim do ano. A verba vai diretamente para pagamento de insumos, como compra de munições, manutenção e até abastecimento das viaturas da Polícia Militar do Estado.
O dinheiro será usado ainda para garantir o trabalho da Polícia Rodoviária Federal, que controlará as estradas para tentar coibir o contrabando de armas e drogas para o Estado.
Outros recursos vão para a permanência da Força Nacional de Segurança Pública.
Sem reforço
Anunciada como uma novidade por Pezão após a reunião realizada no Palácio do Planalto, o envio dos 800 novos homens da Força Nacional e da PRF, na verdade, já tinha acontecido. Como esclareceu o governo federal, eles estão trabalhando no Rio de Janeiro há duas semanas.
Com a convocação da reunião, realizada pouco antes de Temer embarcar para o encontro do Mercosul, na Argentina, o governador interrompeu licença médica e embarcou para Brasília. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que é do Rio, e também está sendo cobrado pela caótica situação da segurança pública no Estado, participou do encontro cunho meramente político, sem definição de operações a serem executadas.
Hoje, mil agentes federais - da PRF (380) e da Força Nacional (620) - estão auxiliando no patrulhamento do Rio desde maio, quando chegaram os primeiros policiais de outros Estados. Este contingente ficará no Rio até dezembro de 2018.
Na entrevista, Pezão, que havia assegurado que os 800 homens iam chegar ao Estado "até agosto", afirmou que as ações da Polícia Rodoviária serão fundamentais "no combate à entrada de armas", o que ocorre pelas estradas federais, que estão sendo patrulhadas pela PRF.
"Vamos ter resultados significativos", insistiu. Procurada ontem após a coletiva, a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio não se manifestou.
A coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, no Rio, Julita Lemgruber, fez ressalvas quanto à capacidade de mudança que uma tropa de até mil agentes pode representar.
"A PM fluminense tem 50 mil policiais. De que forma 600 ou 800 a mais podem realmente contribuir para uma alteração nesse quadro caótico?"está causando mortes de todos os lados."
Forças Armadas
Está em discussão o emprego de militares das Forças Armadas em operações específicas no Rio. Prova disso foi a criação de um Estado-Maior conjunto regional - uma espécie de centro de planejamento - que começará a funcionar de imediato, para integrar operações dos governos estadual e federal.
O uso de tropas federais será feito em consenso com Pezão, mas este trabalho será esporádico e pontual.
Ministro da Defesa, Raul Jungmann, que participou do encontro, disse que o Rio terá "apoio integral e permanente das Forças Armadas, se necessário for", mas não detalhou quando e como.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, lembrou que o plano de segurança pública "será de longo prazo, até o fim deste governo", com busca de operações de inteligência.
"Não queremos ações pirotécnicas", emendou, acrescentando que "todos os meios disponíveis da União estão à disposição" do Rio. (Colaborou Marco Antônio Carvalho)

Acusado de corrupção, Teixeira pode responder por 4 crimes no Brasil

O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira poderia responder por quatro crimes diferentes no Brasil por sua participação no esquema para desviar milhões de dólares em jogos amistosos da seleção brasileira, com a ajuda de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona.


A reportagem do Estado revelou que o Ministério Público Federal vai solicitar que o processo envolvendo Teixeira seja transferido da Espanha ao Brasil, para que ele possa ser julgado no País. Numa apuração inicial, porém, procuradores estimam que ele poderia responder por estelionato contra a CBF e apropriação indébita seguida de lavagem de dinheiro. Isso tudo sem contar ainda com crimes contra a ordem fiscal e evasão de divisas.
Uma ordem de prisão partiu da juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional em Madri. "Teixeira obteve, de forma indireta, mediante a um emaranhado societário que se nutria da renda do acordo da ISE (empresa com sede nas Ilhas Cayman) para a Uptrend (empresa de Rosell), grande parte dos 8,3 milhões de euros que a ISE transferiu para a Uptrend pela suposta intermediação desta última", afirmou. A decisão da juíza foi do dia 12 de junho.
A ordem foi dada 15 dias depois da prisão de Rosell e quando os procuradores Vicente González Mota e María Antonia Sanz solicitaram que a Audiência Nacional emitisse a decisão de captura ao brasileiro.
Conforme o Estado revelou ainda em 2013, acordos secretos permitiram que a renda dos jogos da seleção fosse desviada para uma empresa em nome de Sandro Rosell, aliado de Teixeira e ex-presidente do Barcelona.
No mês passado, Rosell foi preso e a Justiça espanhola apontou que parte do dinheiro que ia para sua empresa, a Uptrend, terminava com o próprio Teixeira. "Durante 2010, Teixeira e sua mulher eram detentores de dois cartões Visa Platinum, com contas da Uptrend em Andbank", apontou.
"Resulta da investigação que, de sua posição de presidente a CBF, (Teixeira) influenciou na concessão de direitos audiovisuais aos jogos da seleção, e, enquanto isso, por trás e para o prejuízo da CBF, Rosell negociava um contrato de intermediação", apontou o documento do processo do caso do ex-dirigente catalão.
Os investigadores concluem, portanto, que "parte dos fundos não foi para a CBF, senão que, de uma forma fraudulenta, foram ao próprio Teixeira". De acordo com a Audiência Nacional, os fatos apurados levam a crer que o brasileiro acabaria sendo o "destinatário do dinheiro, e não a Confederação (CBF)".
As autoridades espanholas ainda chegam à constatação de que o delito de Teixeira foi "a apropriação por parte do presidente da CBF dos fundos pagos para obter os direitos dos partidos jogados pela seleção brasileira".
Desde a prisão de Rosell, que deixou o Barcelona pouco depois de um escândalo no qual milhões de euros da contratação de Neymar junto ao Santos foram omitidos, a defesa de Ricardo Teixeira tem negado qualquer tipo de irregularidade. Com informações do Estadão Conteúdo.

Mirgon Kayser: Rodrigo Maia e a Reinvenção do Golpe



A derrubada de Dilma de forma ilegítima em um golpe parlamentar com suporte do Judiciário – portanto a aliança entre dois poderes para assumir o controle do terceiro – aniquilou com o conceito basilar do nosso Estado Constitucional que é a independência e equilíbrio entre os Poderes da República.
Os verdadeiros corruptos deste país tinham interesse em barrar o fortalecimento das instituições democráticas como vinha acontecendo durante todo o governo Lula e posteriormente durante o governo Dilma. Os verdadeiros poderosos do país queriam a implantação do seu programa, paralisado desde janeiro de 2003. A classe média descrita por Marilena Chauí foi às ruas pelos interesses daqueles primeiros. Setores apodrecidos do Judiciário subiram na onda, seja pela defesa dos seus amigos, dos seus interesses ou apenas seduzidos pelos holofotes. Fechando a equação, aqueles políticos oportunistas que estavam onde sempre estiveram: à venda. Todos – com exceção do Brasil e da classe trabalhadora – sairiam ganhando…
O que provavelmente não estivesse no script inicial dessa grande aliança – mas talvez já nos scripts de alguns golpistas, quiçá inclusive estimulando o cenário – era que o governo ilegítimo de Temer entraria em decomposição de forma tão acelerada. Um pouco pela sede dos corruptos afastados do poder e agindo sem qualquer pudor, outro pouco pelas contradições de interesses intradireita (por acaso Onyx Lorenzoni, deputado do DEM, partido de rodrigo Maia, é o único parlamentar genuinamente de direita do RS que já manifestou-se pelo afastamento de Temer), outro tanto pela demora em implementar as reformas tão aguardadas pelo grande capital. O certo é que se retroalimentam e são potencializadas por aqueles setores que por uma razão ou outra que já abandonaram Temer e vislumbram em Rodrigo Maia um governo capaz de responder aos anseios daqueles para quem está a serviço.
Nada do que ocorre hoje no país tem relação real com um combate à corrupção. A ausência das panelas da classe média que foram às ruas contra Dilma e a condução diferenciada que Sérgio Moro dá à Lava Jato, hora perseguindo a esquerda, hora protegendo a direita, são símbolos nítidos disso. Temer é corrupto, protagonizou um golpe, aplica políticas de desmantelamento do nosso país e tenta implementar reformas nefastas ao país e não aprovadas pelo crivo eleitoral. Mas Temer não está caindo por nenhuma dessas razões. Está em vias de cair justamente porque perdeu as condições de realizar as reformas para o grande capital e porque os setores que ainda o sustentam começam a considerar a conta política das gafes e dos escândalos cara demais para os resultados alcançados.
Com a queda iminente de Temer, Rodrigo Maia terá pelo menos seis meses de governo durante o processo no Senado e pelo menos mais três meses para chamar eleições indiretas. Tempo em que sua tarefa será dar seguimento ao programa de reformas. Depois podem acontecer eleições indiretas, poderão chegar as eleições de 2018 ou até mesmo pode haver um grande acordo para que 2018 simplesmente não aconteça.
Tudo dependerá – na conta deles – do ritmo empreendido por Rodrigo Maia em “fazer o serviço” dos interesses do grande capital e nas condições em que Lula, o PT e as demais forças de esquerda do país cheguem para o cumprimento do calendário eleitoral.
A direita brasileira não fez tudo o que fez para ver a esquerda – especialmente Lula – voltar à Presidência da República apenas três anos depois. O grande capital não fez tudo o que fez para ver suas reformas não serem implementadas no país. O plano objetivo é realizar as reformas ainda nos próximos meses, criminalizar Lula e o PT retirando destes a capacidade de disputar as eleições de 2018 (preferencialmente com a prisão de Lula) e deixar o caminho livre para que o próximo embate eleitoral garanta um de seus representantes. Se Lula chegar em condições de disputar as eleições e com os níveis de aceitação popular que possui e Maia sendo o “bom menino” que o capital espera, este poderá mesmo ganhar o afago de uma Presidência mais longa, até 2020 – não custaria nada um novo “golpinho” para cancelar as eleições de 2018… Seria apenas mais um desdobramento do processo que o Brasil vive hoje.
É por isso que uma eventual queda de Temer deve ser vista somente como uma reinvenção do golpe e a sequência do governo ilegítimo. Seguir denunciando o Estado de Exceção e lutando por eleições diretas já deve seguir prioridade zero de todo e toda militante da democracia nesse país. A centralidade dos setores que acreditam em um país democrático, livre, justo e igualitário deve ser derrubar Temer, mas também derrubar Maia, derrubar os golpistas, realizar eleições diretas ainda em 2017 e reconduzir o país de volta ao caminho da normalidade democrática. Como bem disse Lula, nós podemos esperar, mas o Brasil não aguentará.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, é encontrado morto Diz Site

Chester Bennington canta em show do Linkin Park em Los Angeles, em 2014 (Foto: Divulgação)

Chester Bennington, vocalista da banda de rock Linkin Park, foi encontrado morto em uma residência privada em Palos Verdes Estates, na Califórnia (EUA), informa nesta quinta-feira (20) o site TMZ. Segundo a publicação, que cita fontes policiais, o músico cometeu suicídio. Ele tinha 41 anos.
O cantor teria se enforcado no local. Seu corpo foi encontrado nesta quinta, pouco antes das 9h locais, de acordo com o TMZ. Chester era casado e tinha seis filhos.
Bennington lutou por anos contra drogas e álcool. Ele disse em uma entrevista no ano passado que já havia pensado em suicídio porque foi abusado quando criança, por um homem mais velho.
Ainda conforme o TMZ, o músico era muito próximo de Chris Cornell, vocalista do Soundgarden e do Audioslave, que morreu em maio - também em um suicídio por enforcamento, segundo médicos legistas.

Sucesso nos anos 2000

O Linkin Park teve seu auge no início dos anos 2000, com os álbuns "Hybrid theory" e "Meteora". Na época, o grupo emplacou seu rock alternativo, com influência de rap e metal, em paradas de sucessos, com músicas como "Faint", "In the end", "Crawling" e "Numb".
A banda ganhou dois prêmios Grammy, pela performance de "Crawling" e pelo single "Numb/Encore", do disco "Collision Course", gravado em colaboração com o rapper Jay-Z em 2004. O último disco lançado pelo grupo, "One More Light", saiu em maio deste ano.
Chester Bennington em show do Linkin Park em Los Angeles, em 201 (Foto: Divulgação)Chester Bennington em show do Linkin Park em Los Angeles, em 201 (Foto: Divulgação)
Chester Bennington em show do Linkin Park em Los Angeles, em 201 (Foto: Divulgação)
Chester Bennington (Foto: Reprodução/Twitter)Chester Bennington (Foto: Reprodução/Twitter)