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| Mário Pithon, prometeu, nesta quinta-feira (10), ingressar com ações na Polícia Federal e no Ministério Público contra o deputado estadual Mário Negromonte Jr. (PP) |
O presidente do Sindicato dos Panificadores da Bahia (Sindipan),
Mário Pithon, prometeu, nesta quinta-feira (10), ingressar com ações na
Polícia Federal e no Ministério Público contra o deputado estadual
Mário Negromonte Jr. (PP). Em meio à polêmica sobre o projeto que
pretende incluir o uso de 10% de fécula de mandioca na massa do
tradicional pão francês, de autoria do pepista, ao se defender da
acusação de que teria feito plágio de um artigo, o parlamentar sugeriu
que o chefe do Sindipan – contrário à medida – faria lobby dos empresários do ramo do trigo.
Sobre a declaração de Negromonte Jr., de que só conversaria com ele ao
lado da PF e do MP, o empresário revidou na mesma moeda. “Nunca pedi
audiência ao deputado, nunca liguei para ele e nunca estive em seu
gabinete. Ele vai ser interpelado para provar onde é que estou fazendo
lobby. Não tenho medo de deputado estadual, federal nem de político
nenhum. Poderoso é ele, que é filho de [ex] ministro, do mesmo partido
do secretário de Agricultura e tem mandato. Isso é política suja”,
julgou, em entrevista ao Bahia Notícias. No entendimento do panificador,
o teor da proposta não leva em consideração aspectos importantes do
segmento, como a atual situação dos agricultores familiares que cultivam
a mandioca. “Ele desconhece dados do mercado. Quer impor ao cidadão o
que ele tem que comer. Por que ele não pediu a inclusão da fécula no
acarajé? Porque ia ter resistência. Ele pensou que o sindicato não ia
reagir. Não sou contra a mandiocultura, mas o Estado tem que dar apoio
para aumentar a produtividade, que está 12 vezes abaixo da média do
Brasil. Não sou contra o deputado. Sou oposição ao projeto, que é uma
aberração”, adjetivou. O preço da fécula na Tailândia, segundo Pithon,
custa metade do valor cobrado no Brasil que, em 2011, passou a ser
importador do insumo.
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