Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia faz lançamento do catálogo de Mulheres de Axé
Os exemplares serão distribuídos gratuitamente em terreiros, bibliotecas, universidades, centros de pesquisa e equipamentos culturais da Bahia. O lançamento encerra as atividades do Março Mulher, que contou com um ciclo de mobilizações acerca da luta das mulheres, como destaca a secretária de Políticas para as Mulheres, Vera Lúcia Barbosa.
“Escolhemos este momento simbólico para encerrar o Março Mulher porque entendemos que essas mulheres escolhidas e entrevistadas são símbolos da resistência desta intolerância religiosa, de coragem e bravura. Esta é uma contribuição que o Estado está dando para a reconstrução desta verdadeira história, mas ainda há muito o que aprender com estas senhoras”.
O catálogo possui 360 páginas, em papel couchê e terá uma tiragem inicial de dois mil exemplares que serão distribuídos a entidades ligadas à garantia de direitos de mulheres, bibliotecas públicas, terreiros pesquisados, universidades baianas e centros de pesquisas da cultura afrodescendente. Em anexo ao catálogo, também foi produzido um DVD especial contendo entrevistas que abordam, inclusive, o tema da intolerância religiosa, que inspirou a criação de lei federal sobre o assunto.
Religião afro está na raiz da cultura brasileira
Para Fátima Mendonça, as ialorixás demonstram muita força e fé. “Fico muito feliz de poder estar aqui hoje fazendo parte desta homenagem a mulheres tão representativas da nossa história, que nos mostram esse aconchego de mãe, esse coração, um axé, e ainda são responsáveis pela linda história que a Bahia tem. Quero parabeniza-las”.
O governador também prestou a sua homenagem. “Esta é uma grande homenagem, merecida, a uma religião que está na raiz da cultura brasileira. Conseguimos produzir um livro que vai ficar para a história e colocar no devido lugar aquelas que sofreram repressão e foram perseguidas. Devemos recontar esta história e expor estes registros para mostrar com muitas destas mulheres conseguiram superar as dificuldades. Parabenizo a todas estas mulheres por serem um exemplo para todos nós”.
Na oportunidade o governador ainda recebeu uma homenagem do terreiro Ilê Axé Ayra Izo pela posse do terreno onde está localizado o templo. Ele recebeu um colar de contas e uma escultura de Xangó, orixá da justiça, em metal.
Papel histórico
Para a ebomi Nice, as mulheres exercem um papel histórico, cultural e religioso dentro das comunidades do candomblé. Além do conhecimento religioso de cada uma, muitas possuem um engajamento social e político. “Me sinto lisonjeda de participar deste livro que tenta combater a intolerância religiosa e estamos galgando coisas que não tínhamos”, afirma a ebomi.
Nice destacou de outras mulheres importantes para a religiosidade de matriz africana. “Se essa publicação tivesse ocorrido há 50 anos, com certeza teria outras mulheres também muito representativas para a sociedade, como Mãe Menininha do Gantois, Mãe Senhora, Mãe Teté e muitas outras. Essa iniciativa valoriza não apenas nossa ancestralidade, como nós também, as mais novas”, conclui.
Intolerância
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído em 2007 pela Lei Federal 11.635, em homenagem a Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum, de Salvador. A religiosa do candomblé infartou após ver seu rosto estampado na primeira página da Folha Universal, jornal evangélico, com a manchete 'Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes'
“Escolhemos este momento simbólico para encerrar o Março Mulher porque entendemos que essas mulheres escolhidas e entrevistadas são símbolos da resistência desta intolerância religiosa, de coragem e bravura. Esta é uma contribuição que o Estado está dando para a reconstrução desta verdadeira história, mas ainda há muito o que aprender com estas senhoras”.
O catálogo possui 360 páginas, em papel couchê e terá uma tiragem inicial de dois mil exemplares que serão distribuídos a entidades ligadas à garantia de direitos de mulheres, bibliotecas públicas, terreiros pesquisados, universidades baianas e centros de pesquisas da cultura afrodescendente. Em anexo ao catálogo, também foi produzido um DVD especial contendo entrevistas que abordam, inclusive, o tema da intolerância religiosa, que inspirou a criação de lei federal sobre o assunto.
Religião afro está na raiz da cultura brasileira
Para Fátima Mendonça, as ialorixás demonstram muita força e fé. “Fico muito feliz de poder estar aqui hoje fazendo parte desta homenagem a mulheres tão representativas da nossa história, que nos mostram esse aconchego de mãe, esse coração, um axé, e ainda são responsáveis pela linda história que a Bahia tem. Quero parabeniza-las”.
O governador também prestou a sua homenagem. “Esta é uma grande homenagem, merecida, a uma religião que está na raiz da cultura brasileira. Conseguimos produzir um livro que vai ficar para a história e colocar no devido lugar aquelas que sofreram repressão e foram perseguidas. Devemos recontar esta história e expor estes registros para mostrar com muitas destas mulheres conseguiram superar as dificuldades. Parabenizo a todas estas mulheres por serem um exemplo para todos nós”.
Na oportunidade o governador ainda recebeu uma homenagem do terreiro Ilê Axé Ayra Izo pela posse do terreno onde está localizado o templo. Ele recebeu um colar de contas e uma escultura de Xangó, orixá da justiça, em metal.
Papel histórico
Para a ebomi Nice, as mulheres exercem um papel histórico, cultural e religioso dentro das comunidades do candomblé. Além do conhecimento religioso de cada uma, muitas possuem um engajamento social e político. “Me sinto lisonjeda de participar deste livro que tenta combater a intolerância religiosa e estamos galgando coisas que não tínhamos”, afirma a ebomi.
Nice destacou de outras mulheres importantes para a religiosidade de matriz africana. “Se essa publicação tivesse ocorrido há 50 anos, com certeza teria outras mulheres também muito representativas para a sociedade, como Mãe Menininha do Gantois, Mãe Senhora, Mãe Teté e muitas outras. Essa iniciativa valoriza não apenas nossa ancestralidade, como nós também, as mais novas”, conclui.
Intolerância
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído em 2007 pela Lei Federal 11.635, em homenagem a Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum, de Salvador. A religiosa do candomblé infartou após ver seu rosto estampado na primeira página da Folha Universal, jornal evangélico, com a manchete 'Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes'
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