DEMOCRACIA OU DITADURA

Heraldo Santana

Na Roma antiga, as ditaduras eram chamadas de monarquia absolutista, onde tínhamos como protagonistas, os imperadores Lucius Cornelius Sulla e Julio César. A ditadura entre os romanos foi extinta após o assassinato de Julio César.

Na era moderna, a maioria dos ditadores ascendeu posições em tempos de crise, onde tomavam o poder através de golpes de estado, em outras ocasiões tomavam o poder de forma legal, caso de Benito Mussolini, na Itália e Adolf Hitler, na Alemanha, e uma vez no poder rasgavam a constituição dos seus respectivos países. A concentração de poder do partido comunista na União Soviética gerou uma ditadura pessoal através de Joseph Stalin e após sua morte transformou-se em ditadura coletiva.

Aqui no Brasil, tivemos a ditadura Vargas, que, entre os feitos, entregou Olga Benário aos nazistas, de forma cruel e indefesa e a mais longa ditadura, a militar, que sacrificou muitos brasileiros, que lutavam pelo um país democrático que hoje vivemos.

O governo Lula, encerrado no ano passado, deu exemplo de grande democracia ao mundo, quando apesar das críticas, da grande imprensa nacional, muitas vezes injustificadas, não perseguiu seus algozes.

Em Uruçuca, município com pouco mais de 20 mil habitantes, o clima é de absoluto retrocesso. O prefeito da cidade, Moacyr Batista de Souza Leite Júnior, atual presidente da Amurc, está realizando uma das piores administrações, de todos os tempos. Já se foram dois anos perdidos, sem realizações, comércio estagnado, por falta de apoio, abandono da principal fonte turística, Serra Grande, redução de salários dos professores e o pior, as perseguições: a professora Divaritana, ex-aliada, demitida, tentativa de anular um concurso legítimo realizado em 2006 e agora, de forma ditatorial, solicita o encerramento das atividades do serviço de som informativo da cidade. No caso do concurso, se houve irregularidade, quem deveria ser punido, seriam os responsáveis pela realização do concurso e não os candidatos que estudaram para conseguir um emprego digno. Não temos mais ACM aqui na terra, mas seria uma malvadeza a anulação desse concurso, depois de quatro anos. Quanto ao serviço de som é injustificável, os proprietários pagarem dois mil e seiscentos, quando no governo anterior, pagavam pouco mais de setenta reais, uma variação de mais de 3.000%, de acordo com um blog da cidade.

Esse tipo de atitude do prefeito Moacyr Leite, deve ser repensada. Não é possível que em plena democracia, o cidadão não tenha o direito de opinar o que é certo ou errado em seu município. O político no exercício de um cargo público deve aceitar as críticas, principalmente, quando são justificadas por administrações desastrosas. Para evitar as críticas do povo deve trabalhar para o bem do povo e ser reconhecido pelas realizações, assim como foi o ex-presidente Lula, que saiu com a mais alta popularidade de todos os tempos.

Para finalizar um conselho ao prefeito Moacyr Leite: A retirada de um serviço de utilidade pública, além de macular mais ainda sua administração, não tem parâmetros em lugar algum.

                                                                      Heraldo Santana é colunista do Jornal Tribuna da Região